SUSPEITO DE MATAR A CUNHADA DE 18 ANOS EM TRINDADE AGIU SOZINHO
12/08/2025
O homem suspeito de matar a cunhada Ana Clara Leite Bispo, de 18 anos, agiu sozinho, segundo informações do delegado Douglas Pedrosa, responsável pelo caso. Jorlan Neya está foragido desde o dia 02 de agosto quando o crime aconteceu no bairro Solar São Francisco, em Trindade. Segundo as apurações, a morte da jovem foi provocado por golpes de uma barra de cimento caseira e pode ter sido motivada por uma tentativa frustrada de abuso sexual. O suspeito também inventou um suposto caso entre Ana Clara e o sogro. Um laudo constatou que a vítima não estava grávida e um cisto no ovário gerou a suspeita de gestação.
De acordo com o delegado, Ana Clara foi encontrada morta dentro de casa pelo próprio marido, Rodrigo Néia de Souza, de 34 anos. Na noite do crime, Rodrigo contou que chegou do trabalho por volta das 21h, chamou pela esposa e acreditou que ela estava dormindo. Ao se aproximar da cama, encontrou o corpo da jovem embrulhado do pés à cabeça. “Quando puxei o lençol e vi o rosto dela, me desesperei”, relatou. O marido afirmou que o pai e o irmão estavam na residência antes da morte de Ana Clara.
Durante as primeiras suspeitas, o marido chegou a acusar publicamente o próprio pai e Jorlan. No entanto, as investigações descartaram a participação do sogro no homicídio, embora ainda não tenham afastado a hipótese de um crime sexual anterior.
Segundo a polícia, Jorlan agiu sozinho e matou a jovem com uma barra de cimento feita em casa. Ele confessou o crime para a esposa e um irmão, chegando a inventar que a vítima tinha um caso com o sogro para tentar justificar o crime. Ainda de acordo com o delegado, o suspeito vivia um relacionamento conturbado e já havia dado investidas em Ana Clara, mas ela não correspondeu. Uma das hipóteses levantadas pela investigação é que ele tenha tentado manter relação sexual com a cunhada, recebido uma negativa e, diante disso, cometido o feminicídio.
No início, a família acreditava que a vítima estava grávida, mas o laudo pericial revelou que ela não esperava um bebê. Um cisto no ovário havia provocado o atraso na menstruação por cerca de quatro meses, o que levou à falsa suspeita de gestação.
O laudo inicial não apontou lesões típicas de estupro, mas médicos legistas encontraram indícios de que Ana Clara pode ter tido relação sexual pouco antes da morte. Além disso, uma cueca com vestígios de sêmen foi encontrada ao lado do corpo. A vítima, segundo a perícia, estava bêbada no momento do crime, o que poderia caracterizar abuso sexual mesmo sem sinais de resistência.
No local, a polícia apreendeu uma barra de ferro, um colchão e uma coberta com manchas de sangue. A Delegacia de Homicídios de Trindade mantém um canal para denúncias para que a população possa contribuir com informações sobre o paradeiro de Jorlan Neya.
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